História de lixo

Quando minha filha de cinco anos viu essa camiseta, ela imediatamente ordenou que eu a jogasse no lixo por causa dos furinhos. E isso me remeteu a uma fase de minha vida em que eu e o meu querido amigo Jorge ( alías, ele é uma postagem a parte) eramos lixeiros, sim eramos mesmo.
Como morávamos em uma vila e na época não tinha o caminhão do reciclável tudo era literalmente jogado no lixo comum. Então, nós dois estávamos sempre ligados em algum lixo "bom", aproveitamos batedeira, discos rotação 78, livros, revistas, pedaços de madeira e muitas outras coisas que na época achávamos úteis. Tanto eu como ele ligávamos um para o outro para avisar sobre as possibilidades de uma boa coleta, a conversa ás vezes era assim:
-Clau, se você visse o lixo que tem lá na Rua B, vamos até lá agora antes que o lixeiro leve embora. Lá íamos e encontrávamos coisas mirabolantes que nossas mães odiavam muitas vezes.
Bom, essa fase durou relativamente pouco mas até hoje lembramos disso e de outros passatempos exóticos que qualquer hora eu posto.
Camiseta da Carmim, tamanho P, pouco uso.

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