Arrumação de armário

Se eu começar a escrever aqui que Shakespeare era francês, que o Pão de Açucar fica em São Paulo e o Bush foi o melhor presidente dos Estados Unidos não se preocupem, é o efeito de dez horas de trabalho nesse domingo que por coincidência também é aniversário de casamento. Quando se tem essa missão pela frente imaginamos tudo relativamente rápido, porque afinal de contas é só pegar os cabides, abrir algumas gavetas e dobrar roupas que foram escolhidas para ficar ou fazer vários montinhos com destinos diferentes, só que...... não é bem assim.

Cada peça que pegamos tem uma história, tipo: a vendedora, o dia, a companhia, a razão de termos comprado( no meu caso a maioria é impulso, mesmo), se foi caro, se foi barato, liquidação,viagem, presente, marca, enfim tudo isso acaba contabilizando tempo e dinheiro.

Durante toda essa empreeitada me passou pela cabeça diversas coisas que ás vezes desestimulava a decisão de me desfazer de algumas peças como: se um ditador dá um golpe de Estado e o Brasil passa ser um país comunista e ninguém pode mais comprar uma blusinha dessa? se a Alemanha resolve se vingar dos aliados e começa uma terceira guerra mundial e os nazistas invadem minha casa e leva todos esse vstidinhos tão fofos que foi tão sacrificado para pagá-los? e se os extras terrestres me levarem em um disco voador e nunca mais poderei comprar nada no planeta que eu for.

Bem, as melhores coisas deixei para postar aqui, outras vão para uma feira da fraternidade para essas tralhas se transformarem em cestas básicas e outras necessidades, e o outro montinho vai ficar para a Tereza minha funcionária que me dá uma força todos os dias.